Nas três maternidades da região - nos hospitais públicos de Faro e Portimão e num hospital privado, em Faro -, nascem por ano, aproximadamente, 4.500 bebés, um quarto dos quais de mãe estrangeira e, dentro deste grupo, cerca de 30% filhos de mães de nacionalidade brasileira.
De acordo com os resultados preliminares dos Censos 2021, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística na semana passada, a população portuguesa diminuiu 2% nos últimos dez anos, um saldo negativo que não se verificava desde os censos de 1970.
A desertificação do interior não apenas se acentuou na última década como alastrou ao próprio litoral. Agravou-se a concentração demográfica em torno das principais cidades, como Lisboa e Porto. Até hoje ainda não surgiu uma estratégia credível de combate à desertificação.
“Um país envelhecido, com poucas crianças, é um país enfraquecido e sem futuro”, diz o movimento cívico, em reação aos resultados preliminares dos Censos 2021, que indicam uma quebra de 2% da população portuguesa.
A União das Freguesias de Paradela e Granjinha, no concelho de Tabuaço, perdeu 45% da sua população nos últimos 10 anos e é a freguesia mais pequena de Portugal continental, com 99 habitantes, segundo os Censos de 2021.
Rui Moreira congratulou-se esta quarta-feira com o aumento de população na cidade desde que assumiu a autarquia em 2013, ainda que segundo os Censos 2021 o município tenha perdido 2,4% dos residentes.
Para Ana Abrunhosa os resultados preliminares dos Censos 2021 não são “uma surpresa” e refletem um problema que “não é de hoje, mas de décadas, e não é exclusivo de Portugal”.