Passados quase nove meses, João, António e Maria falam das sequelas da morte da mulher, da mãe e do marido. A dor, a incompreensão e o cristalizar da sensação de uma perda sem reparo possível. Os psicólogos alertam que o luto na pandemia tem caraterísticas diferentes que intensificam o sofrimento. Os danos causados? Só daqui a uns anos saberemos.
Afluência aos cemitérios de Chaves está a ser menor, comparativamente a anos anteriores. Há regras de segurança apertadas, com imposição de um número limite de entradas. Não há oração comunitária e os vendedores de flores queixam-se do fraco negócio.
“Precisamos da mansidão para avançar no caminho da santidade”, afirmou Francisco, explicando que “mansos são os que sabem dominar-se, que deixam espaço para o outro, o ouvem e o respeitam”. Pessoas “que a mentalidade mundana não aprecia”.
As autoridades pedem aos portugueses que não saiam do concelho de residência. Psicóloga Cristina Sá Carvalho diz que é preciso ter esperança, “uma dimensão fundamental do ser humano”.