Chefe de Estado considerou que "todos os cidadãos são iguais" e que "filho de Presidente não é Presidente", remetendo para o chefe da Casa Civil a conclusão inicial de que as gémeas não teriam prioridade no tratamento em Portugal.
"Se tivesse tido esse contacto", não teria havido "qualquer consequência" porque os decisores "tomam as decisões clínicas em função das situações clínicas dos doentes", reiterou Luís Pinheiro durante a entrevista, considerando que "não é concebível" que as opções médicas "não sejam aquelas que decorrem da observação que o médico faz".
O presidente do Chega frisou que a comissão parlamentar de inquérito deve averiguar não apenas o caso das duas gémeas luso-brasileiras tratadas no Santa Maria, mas também entender se "isto aconteceu no passado, se o dinheiro do SNS está a ser usado desta forma e se é normal que haja interferência abusiva politica sobre o SNS".
O Presidente da República volta a negar qualquer envolvimento no processo "após o envio do dossier para o gabinete do primeiro-ministro a 31 de outubro de 2019".
Adiantou ainda que a auditoria interna ainda está a decorrer e que, enquanto não estiver concluída, assim como as investigações externas também em curso, o CHULN, que integra o hospital Santa Maria, não fará comentários ou dará detalhes sobre qualquer caso.
O advogado assegurou ainda que a família enviou e-mails "para os mais diversos centros de Portugal e não era opção contentar-se com um não", pois achava ter direito ao tratamento, uma vez que as crianças teriam obtido a nacionalidade portuguesa antes do diagnóstico.