De acordo com a lei, os concelhos de elevado risco devem respeitar o dever de recolhimento a partir das 23h00, mas a lei não esclarece se os casamentos são uma exceção. Médicos de saúde pública alertam que eventos familiares têm sido responsáveis por "um número relevante de casos" e pedem "regras mais claras".
O secretário de Estado da Saúde não deu margem para dúvidas quanto à exigência de testes antes de eventos com mais gente. No Parlamento, reconheceu ainda que 2021 será decisivo para preparar o futuro do SNS.
Testes à Covid-19 passam a ser recomendados em eventos familiares com mais de dez pessoas, como casamentos e batizados, eventos culturais e desportivos com mais de 500.
O objetivo é controlar os contágios em eventos sociais. Esta norma estabelece o limite - relativo ao número de pessoas - a partir do qual devem ser realizados testes.
Um ano de pandemia não se mede apenas com indicadores de saúde pública. Em 2020, a reciclagem cresceu 13% , “desapareceram” 100 mil atletas federados, foram vendidos menos livros e os jogos e apostas online bateram recordes. Houve uma queda de quase 50% no número de casamentos e a natalidade teve o pior registo desde 2015. A taxa de abandono escolar atingiu um mínimo histórico. E apesar da crise que se adivinha, o número de transações imobiliárias duplicou.
Nas paróquias da Sé da Guarda, em 2019 registaram-se 120 batizados e 20 casamentos. Contra 24 e sete em 2020, respetivamente. Começam as remarcações para este ano, sob um clima de medo e receio.