De acordo com uma investigação do MediaLab ISCTE, foi encontrado muito conteúdo de desinformação, tal como "aconteceu nos Estados Unidos com [Donald] Trump, e no Brasil com [Jair] Bolsonaro".
É o sprint final, a última oportunidade para convencer os eleitores de quem é o melhor partido. Da fé na “maioria invisível” (PS) à promessa de “instrumentos” para todos (AD), do concurso de espargatas (PAN) à automedicação (Chega), do apelo a jovens cérebros (IL) à encomenda de “docinhos" (CDU), da "alegria na política” (Livre) à luta por poder de fogo (BE), a campanha faz a sua despedida de solteira antes do grande dia.
A possibilidade de eleger mais um deputado em Setúbal levou todos os partidos ao terceiro maior círculo eleitoral. E todos visitaram o Interior, mesmo que, em 2022, a maioria dos (poucos) deputados tenham sido para o PS e PSD.
Natalidade e desertificação do interior, inteligência artificial, água e seca e a crise nos media. Estes são só quatro exemplos (a lista será porventura muito maior) de temas que podem mudar a face do país sem que tenham merecido atenção dos líderes que se candidatam a eleição do próximo domingo.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República, numa eleição a que concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
Já se sente o aroma do fim de estrada. Entre “choques de alta voltagem”, “desfiles de esqueletos”, onomatopeias ardilosas, leituras de “subconscientes” e alertas para inversões de marcha, os candidatos começam a intensificar os decibéis e a jogar os últimos trunfos.
Ventura assegura que vai entrar no jogo dos crescidos, Montenegro diz que não participa nesse recreio. Pedro Nuno Santos questiona onde vai a AD cortar, Montenegro diz que lhe falta “estabilidade emocional”. A campanha prossegue em modo ping-pong. E Ventura insiste: só ele pode salvar Portugal “da democracia...”. Quer dizer, “do socialismo”.
As metáforas futebolísticas entraram em campo em força e todos prometem ser o melhor ponta-de-lança. Pedro Nuno Santos, que escapou ileso a um vaso, apela à “serenidade”. Montenegro desmarca-se e aponta à “felicidade”. Pelo meio, Ventura gritou “falta”, mas não se queixou ao VAR.