No último vídeo da série "Caminhos Cruzados", aproveitamos o caminho de regresso a casa para refletir sobre o que fica da campanha. Depois de duas semanas de campanha eleitoral, os portugueses estão informados sobre o conteúdo das propostas de cada partido? O sociólogo António Casimiro Ferreira acredita que não - esta foi uma campanha muito focada nos "casos", "refém do presente e do imediatismo". Domingo, é dia de votar.
Há quem não os conheça, quem os confunda com outros partidos e quem se derreta com o seu charme. Depois de quatro anos no parlamento, o PAN está em força na estrada. As sondagens mostram que pode crescer e isso assusta outros partidos, como o CDS de Assunção Cristas, que acusa André Silva de promover um "ataque ao mundo rural".
Em Aveiro, bastião histórico do CDS, o Bloco de Esquerda vai ganhando terreno. Aqui, onde Paulo Portas foi durante muitos anos cabeça de lista, as feiras são o terreno escolhido pelos dois partidos para “caçar” alguns votos.
Nesta campanha eleitoral, Portalegre foi o único distrito que não recebeu qualquer visita das caravanas dos partidos. Despovoado e com apenas dois deputados para eleger, este é um círculo eleitoral em que os partidos mais pequenos não têm grandes hipóteses. Na cidade de Portalegre, a população sente-se esquecida pelos políticos - não só na campanha mas fora dela. "Temos fama de ser lentos, mas os políticos é que são lentos a cá chegar", diz um habitante.
Enquanto na campanha se discute quem é o melhor Centeno de cada partido, a Renascença fez um desvio até Giões, em Alcoutim. Na aldeia da infância do ministro mais falado dos últimos tempos, há quem se orgulhe de pertencer à terra do tão apelidado "Ronaldo das Finanças".
António Costa de autocarro e comboio, Rui Rio por corredores de hospital. Os líderes de PS e PSD dedicaram as primeiras horas da campanha aos transportes e à saúde. Costa foi quem mais amealhou, com a garantia de um voto no dia 6 de outubro.