Portugal não tem, “neste momento, nenhum motivo de preocupação com essa dimensão de portugueses civis que ainda estão em Cabul”, afirma ministro Augusto Santos Silva.
Em apenas dez dias, os talibãs tomaram o controlo da maior parte do Afeganistão e chegaram às portas da capital. Um porta-voz do movimento extremista islâmico adiantou ter ordenado aos combatentes que não fizessem uso da violência. Apesar do comunicado, o medo instalou-se e centenas de pessoas foram vistas a abandonar os locais de trabalho mais cedo do que o habitual, deixando as ruas desertas, nalgumas regiões da cidade.
A mais de 8.000 quilómetros de distância, Farid Walizadeh tenta saber notícia de familiares e amigos que estão no Afeganistão através da rádio, que nos últimos dias deixou de dar os nomes das vítimas mortais para indicar apenas números.
Os rebeldes chegaram a Cabul, a última grande cidade que faltava controlar. Talibãs garantem que não haverá qualquer vingança sobre o povo, mas o medo instalou-se. Vários talibãs presos saíram da prisão.