Bruno de Carvalho confirmou e expressou a sua satisfação, esta quinta-feira, por ter sido constituído arguido na "Operação Fora de Jogo", que diz respeito a suspeitas de práticas suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, no futebol.

"Sempre disse que a AT [Autoridade Tributária] tinha de investigar o futebol e intervir. Constituído como arguido, num processo que vai de 2010 até aos dias de hoje, na qualidade de ter sido presidente da Sporting SAD de 2013 a 2018, vai ser um puro prazer colaborar com a justiça para se apurar a verdade sobre mais duas das minhas maiores guerras no futebol: os fundos e os agentes. Agora vai tudo piar mais fino", assinalou o ex-presidente do Sporting, numa publicação escrita no Facebook.

Bruno de Carvalho assumiu estar "muito feliz por, mais uma vez, denúncias feitas por [si], por causa dos contratos e jogadores Doyen, e não só, [estarem] a ser alvo de uma mega-operação" de investigação.

"Fora de Jogo" assinalado a 47 arguidos


Liderada pela Autoridade Tributária e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a "Operação Fora de Jogo" levou ao cumprimento de 76 mandados de busca domiciliárias e não domiciliárias, na quarta-feira.

Mais tarde, a PGR confirmou a constituição de 47 arguidos (24 pessoas coletivas e 23 pessoas singulares), entre os quais jogadores de futebol, agentes ou intermediários, dirigentes desportivos e advogados.

Na sua edição desta quinta-feira, o "Record" adianta que, entre os arguidos, estão os presidentes de Benfica, FC Porto e Sporting, Luís Filipe Vieira, Pinto da Costa e Frederico Varandas, respetivamente. Também Bruno de Carvalho, por ser ele o presidente do Sporting à data dos factos investigados. Informação que o ex-líder leonino agora confirma.