Verão de 1993. Diego Armando Maradona é já uma estrela cansada… Cansada de sucesso, de fama, de polémica… de vício e decadência, também.

Depois da revolução napolitana, Maradona é, contudo, uma estrela que ainda ilumina a Andaluzia ao alinhar pelo Sevilha, um clube então longe do estatuto atual, e sem capacidade para sustentar a dimensão de “El Pibe.”

Uma empresa de Maradona organiza uma série de encontros destinados a amortizar a transferência para o clube andaluz. O FC Porto, então bicampeão nacional, é convidado para a festa num desfile de outras equipas conceituadas como Bayern de Munique, Lazio, Juventus, Boca Juniores, River Plate e São Paulo.

O antigo editor de desporto do Jornal de Notícias, Álvaro Faria, relata a história.

Antes do desafio com o FC Porto, Diego aquece com uma bola de ténis e, de costas voltas para a imprensa espanhola, aceita de forma entusiástica falar com jornalistas portugueses.

Entre a magia com a bola só alcance de Maradona, o astro argentino aponta o dedo para um jogador português: “O Porto tem um menino que trata a bola por tu. Tem um grande futuro”.

Domingos Paciência marca um dos golos com que o FC Porto vence o Sevilha de Maradona por 2-1.

Na Renascença, Domingos, que teve em Maradona a inspiração para um dia jogar futebol, ouve, com orgulho, uma história para contar aos filhos.