Qualquer ciclista poderá vencer a Volta ao Algarve. Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, destaca uma prova "muito equilibrada".

"Tem duas chegadas clássicas para 'sprinters', depois um contrarrelógio sempre exigente - onde temos tido sempre grandes contrarrelogistas de nível mundial -, e duas chegadas em montanha, uma no Alto da Fóia, que é uma etapa dura, e também a chegada ao Alto do Malhão. Ou seja, aqueles corredores mais fundistas e mais completos terão a sua oportunidade. Tudo em dose equilibrada", disse, à Renascença.

A organização da prova algarvia divulgou, na quarta-feira, o percurso para a 50.ª edição da prova.

"Vamos ter uma corrida em que todos terão a sua oportunidade, e essa grande é a grande marca da Volta ao Algarve nas últimas edições", acrescenta.

Delmino Pereira espera que a edição deste ano continue a ter no pelotão os principais nomes da modalidade: “Temos esse desejo e a expectativa que este ano as equipas venham com os seus melhores corredores".

"O ciclismo está muito evoluído em termos de treino e descanso, e os corredores não podem fazer viagens e têm que ter muito cuidado com os fusos horários. Tudo conta para os resultados e alguns estão a optar, principalmente os campeões, por ter uma época mais tranquila, com menos desgaste, e a Volta ao Algarve é efetivamente uma corrida muito boa e tem a vantagem dos corredores ficarem sempre no mesmo hotel durante os seis dias da prova", termina.

A Volta ao Algarve terá duas novidades em 2024, entre 14 e 18 de fevereiro: um contrarrelógio em Albufeira e final no alto do Malhão, em Loulé.

São estas as inovações da 50.ª edição da mais reputada prova de ciclismo em Portugal, que se estenderá por 752,9 quilómetros - com acumulado de elevação de 14.455 metros -, ao longo de cinco etapas, entre 14 e 18 de fevereiro do próximo ano.