Alejandro Marque está de camisola amarela na 6.ª etapa da Volta a Portugal, mas apenas porque é obrigado pelos regulamentos. O ciclista espanhol herdou a liderança da prova, depois de Daniel Freitas, que conquistou a amarela na 5.ª etapa, ter sido obrigado a desistir, devido ao abandono forçado da sua equipa, a Rádio Popular-Boavista.

Em homenagem a Daniel Freitas, Marque escreveu o nome do corredor português na camisola e, no final da Volta, irá oferecê-la ao ciclista da Boavista, "a quem ela pertence".

"Esta camisola amarela é uma coisa simbólica. Ela pertence ao Daniel Freitas. Tenho de a vestir por uma questão regulamentar, porque, por respeito, gostaria que hoje não houvesse camisola amarela. A minha pequena homenagem é ter o seu nome escirto e oferecer-lhe camisola, no final da Volta", diz Alejandro Marque, ouvido pela Renascença.

O espanhol lamenta que Daniel Freitas não tenha a oportunidade de viver "um dia que seria muito especial". "Ele está a perder um dia em que iria correr perto da sua terra. Esta camisola é para a sua família", sublinha Marque.

A Rádio Popular-Boavista abandonou a Volta a Portugal, antes da partida para a 6.ª etapa, esta quarta-feira, em Viana do Castelo, depois de ter confirmado o terceiro caso positivo de Covid-19 na sua formação. Os regulamentos indicam que uma equipa que tenha três ou mais ciclistas infetados, ou em isolamento profilático, não podem competir.

O Boavista é a terceira equipa a deixar a Volta, depois das espanholas Caja Rural e Euskaltel-Euskadi.