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Rochele Nunes foi eliminada nos oitavos de final da categoria +78 kg do torneio de judo dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, esta sexta-feira.

Frente à cubana Idalys Ortiz, número um do "ranking" mundial e multimedalhada olímpica (bronze em 2008, ouro em 2012 e prata em 2016), a judoca portuguesa assumiu posição dominante, com vários ataques, e levou a adversária a duas penalizações por falta de combatividade. Contudo, a terceira não chegou, com permissividade da arbitragem, e, no "golden score", Ortiz derrubou-a com um waza-ari.

Assim termina a participação do judo português em Tóquio.

Lágrimas por regressar "com a mala vazia"


No final, em declarações à RTP, Rochele Nunes assumiu que se sentiu "injustiçada", mas salientou que não pode "depender de uma arbitragem". A judoca luso-brasileira salientou, contudo, que "estava pronta para ganhar" e que cair antes das medalhas é uma deceção.

"Estava pronta para todos os combates, para ser campeã. Quem está aqui já é o melhor, mas quem sobe ao pódio são os melhores dos melhores. Hoje, não fui eu. Mas tenho de ter orgulho do meu caminho. (...) O judo é injusto, porque perdi com uma atleta de ir ao pódio e acho que merecia tanto como ela. Odeio a sensação de voltar com a mala vazia", vincou.

Embora saiba que tem "de ser grata" pelo que tem, Rochele não conseguia afastar a sensação de desilusão: "Estou até com vergonha, porque foi uma nação que acreditou em mim e acho que dececionei Portugal. Peço desculpa a todos os portugueses que acreditaram em mim."