O Governo de Espanha enviou ao Tribunal da União Europeia, esta terça-feira, por via da Procuradoria-Geral do Estado, uma declaração de alegações que apoia a UEFA e as suas 55 Federações-membros, incluindo a espanhola, na luta contra a criação da Superliga Europeia.

O Executivo espanhol coloca-se, assim, do lado da meritocracia desportiva, segundo a rádio espanhola "Cadena COPE". Bruxelas e os restantes Estados-membros já se tinham manifestado contra o projeto de que apenas Real Madrid, Barcelona e Juventus ainda fazem parte.

AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Real Madrid anunciaram, em abril, a criação da Superliga Europeia.

No entanto, após várias ameaças de sanções e reação inflamada dos adeptos, nove dos clubes anunciaram a saída da iniciativa. Real Madrid, Barcelona e Juventus ficaram sozinhos e, em comunicado, em passado julho, garantiram que "vão continuar a desenvolver o projeto".

Entretanto, a 27 de setembro, a UEFA informou ter desistido do processo instaurado a Real, Barcelona e Juventus, após carta enviada pelo órgão independente de recursos do organismo. Foi declarado "nulo e sem efeito, sem qualquer consequência, como se nunca tivesse sido aberto".

Os nove clubes que desistiram do processo - Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Milan, Inter e Atlético - não vão ter de pagar a indemnização de 15 milhões de euros.

A UEFA avisou, contudo, que "continuará a tomar todas as medidas necessárias, em estrita conformidade" com as leis locais e europeias, para "defender" os interesses de "todos os intervenientes no futebol".