A Autoridade Tributária e Aduaneira sublinha que estas "mensagens são falsas e devem ser ignoradas" e que "o seu objetivo é convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas carregando nos links sugeridos", o que nunca deve ser feito.
De entre os factos objeto de denúncias analisadas pela AT, cerca de dois terços (67%) referem-se a situações relacionadas com a omissão de rendimento, seguindo-se irregularidades relativas a arrendamento (11%) e a faturação (10%).
IRC, IVA, Imposto do Selo e IRS foram os impostos que dominaram o volume de correções registadas, parte das quais de forma voluntária pelos contribuintes.
De acordo com a Inspeção-Geral de Finanças, a AT não conhece o universo de denúncias recebidas e não dispõe de uma aplicação que simplifique o processo de comunicação e "assegure a sua gestão eficiente, desmaterializada e centralizada".
Os dados de 2023 indicam que Portugal recebeu e enviou informações para 98 e 85 jurisdições, respetivamente, com a Alemanha, Canadá, Espanha, França, Lituânia, Luxemburgo, Reino Unido e a Suíça a representarem 79% da informação recebida e 87% da enviada.
Esta data é relevante para quem não está abrangido pelo IRS automático, situação em que o contribuinte tem de preencher e submeter a sua declaração através do Portal nas Finanças.
O organismo tutelado pelo Ministério das Finanças apresentou o exemplo de três "emails" em que são enviadas mensagens semelhantes a intimações para pagamento ou sobre divergências nas declarações referentes ao IRS.
Os contribuintes têm sempre a possibilidade de afastar o pagamento por débito direto no período em causa, indicando que pretendem optar pelo pagamento através do modelo de flexibilização ou que querem usar excesso de pagamento