A anterior direção do PSD, liderada por Rui Rio, chegou a avançar com processos judiciais contra candidatos autárquicos que excederam os gastos autorizados.
O ex-autarca de Lisboa renuncia ao cargo de vereador para facilitar a vida ao presidente eleito, Carlos Moedas, e para o PS não ficar “agarrado ao passado”.
Já o PS, força que governa a Câmara Municipal de Guimarães com maioria absoluta desde 1989, detém as restantes 36 freguesias, à semelhança dos últimos quatro anos.
O CPL reelegeu Paula Marques e João Paulo Saraiva nestas eleições autárquicas, que nos últimos quatro anos tiveram funções executivas na Câmara Municipal de Lisboa.
As noite eleitorais levam sempre algum tempo a digerir. E as autárquicas ainda mais, porque os resultados não são fáceis de ler à primeira vista. Por isso, há vencidos que parecem vencedores, como tentam explicar as jornalistas da Renascença Eunice Lourenço e Susana Madureira Martins. Mas neste programa moderado por Vitor Mesquita, também há um partido em permanente luta pela sobrevivência e uma batalha naval.
Tribunal Constitucional invalidou alterações estatutárias do Chega no congresso de Évora em setembro de 2020 por considerar que a convocatória não o permitia.
Talvez não seja também por acaso que, na ressaca da derrota de Lisboa, tenha surgido a crise sobre a nomeação de um novo Chefe do Estado-Maior da Armada.
O ex-vice-presidente da bancada parlamentar do PSD António Leitão Amaro acredita que o sucesso de Carlos Moedas em Lisboa se pode repetir no país se o PSD apresentar uma “alternativa diferenciadora, reformista” e não for uma mera “muleta”. Sobre se a atual liderança de Rui Rio representa essa visão, o ex-deputado remete uma avaliação para o “momento próprio”.