JMJ. Livro sobre Via-Sacra com o Papa é para "ser rezado e contemplado"

Textos de oração e desenhos surgem reunidos numa obra que ajuda a recordar um dos momentos mais marcantes da Jornada Mundial da Juventude.

29 fev, 2024 - 02:03 • Marisa Gonçalves



Papa Francisco presidiu à Via-Sacra no Parque Eduardo VII, em agosto de 2023, durante a Jornada Mundial da Juventude. Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Papa Francisco presidiu à Via-Sacra no Parque Eduardo VII, em agosto de 2023, durante a Jornada Mundial da Juventude. Foto: Miguel A. Lopes/Lusa

“Que seja um livro que me esteja sempre a desinstalar pelo facto de se abrir, de transbordar, que vai para além de si próprio. É um livro para ser rezado e contemplado”, declarou o padre jesuíta João Goulão, esta quarta-feira, à margem do lançamento da obra intitulada “Via-Sacra da JMJ Lisboa 2023”, no Santuário de Cristo Rei, em Almada.

O padre João Goulão, que é também diretor do Centro Universitário Padre António Vieira e que esteve na organização do evento, espera que a recente publicação permita que “todas as comunidades possam ser conduzidas no grande mistério da paixão e morte de Jesus”.

O sacerdote recordou a forma “harmoniosa” como decorreu a Via-Sacra com o Papa Francisco, no Parque Eduardo VII, no dia 4 de agosto de 2023.

“Os textos, as telas, as coreografias e a própria disposição do palco foram uma ajuda para este percurso. Foi acontecendo tudo gradualmente, até que houve um silêncio brutal. As pessoas foram entrando no mistério da paixão, numa história de amor de Deus connosco”, salientou.


Fotos: Marisa Gonçalves/RR
Fotos: Marisa Gonçalves/RR


O padre Nuno Branco compôs os desenhos para a Via-sacra, os quais servem a composição gráfica do livro.

O sacerdote afirmou ter sido um grande desafio. “Pede muita humildade, mais do que coragem. O desenho está na fronteira entre a vaidade, que é puxar para si a atenção, ou a verdade que é dar testemunho de alguma coisa maior que próprio desenho. Tive esse desafio patente”, declarou à Renascença.

O padre Nuno Branco entende que a realização da Via-Sacra veio lembrar que a sensibilidade não pode ficar à margem. “É ela a raz da nossa relação com Deus”, sintetizou.

Na mesma sessão, o padre Nuno Coelho, do Comité Organizador Paroquial de Cascais para a JMJ, recordou o empenho de milhares de jovens.

"A Via-Sacra foi das celebrações que deu mais trabalho e medos, mas isto é só sinal de que é obra de Deus e não é nossa. Todos aqueles que se entregaram puderam ter esse confronto e conforto com Jesus. Por isso, é bom ir rever tudo aquilo que sofremos. Afinal, não doeu nada porque era feito com amor”, afirmou.

A apresentação do livro “Via-Sacra da JMJ Lisboa 2023” foi uma iniciativa da Fundação JMJ e da Editorial Apostolado da Oração.


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