O líder do banco, Pedro Castro Almeida, reconhece que a margem financeira é a grande responsável pelo aumento dos lucros, uma receita que se repete na Europa.
Os lucros do Santander Portugal cresceram 21,4% no primeiro trimestre. Já em Espanha, o grupo foi penalizado pelo imposto extraordinário sobre a banca, tendo lucrado apenas 1%.
Inconformados com a decisão, sindicatos vão recorrer. Providências cautelares foram entregues a 30 de setembro, com os sindicatos a alegarem "instrumentalização de um expediente legal" para penalizar os trabalhadores que não aceitaram sair do banco por reforma ou rescisão por mútuo acordo.
Banco revela que das 685 pessoas identificadas para saída, há 230 apenas com as quais não foi possível chegar a acordo e que podem ser abrangidas pelo despedimento coletivo.
A UGT diz que está a acompanhar a evolução do processo "com a necessária atenção e cuidado" e que vai "solicitar uma audiência ao Governo para expor o assunto".
Banco lembra que integrou o Banif e o Banco Popular, “o que provocou uma sobreposição de balcões e de serviços”. A aposta na digitalização é outro dos motivos apontados para a redução de balcões. Mas há mais.
O Santander, um dos maiores bancos a operar em Portugal, é um entre 31 instituições de crédito que recorrem a paraísos fiscais de baixo imposto ou imposto zero ou declaram lucros elevados em países onde não empregam qualquer trabalhador. Operações indiciam que, entre 2015 e 2019, os bancos transferiram lucros para reduzir a fatura fiscal.