​Sérgio Conceição, a eventual saída de Corona e “Rennie” para Manafá
14-08-2021 - 12:56
 • Renascença

O treinador dos dragões aproveitou também para criticar o formato do mercado de transferências, que decorre em simultâneo com o início da temporada.

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, comentou este sábado as notícias sobre a eventual saída de Jesus Corona para o Sevilha e criticou o funcionamento do mercado de transferências.

Sérgio Conceição falava em conferência de imprensa antes da deslocação o Famalicão, marcada para domingo, às 18h00, a contar para a segunda jornada do campeonato.

Sobre Jesus Corona, o internacional mexicano que regressou mais tarde de férias, por causa de compromissos da seleção, e que está apontado ao Sevilha, o treinador só deu uma certeza: não será titular no jogo de amanhã.

As notícias dos últimos dias sobre o interesse do Sevilha não passaram ao lado da conferência de imprensa, com Sérgio Conceição a admitir que, para já, está tudo na mesma.

"Desde há quatro anos que digo que o mercado fica à porta do Olival. Estamos focados no jogo, tenho o plantel todo, à exceção do Grujic, disponível. Isso é que me interessa. Se houver alguma saída assumiremos e falaremos sobre isso. Mas neste momento está tudo igual. Há uma comunicação muito grande entre mim e o presidente e o mais importante para nós é ganharmos amanhã", declarou.

O treinador dos dragões aproveitou também para criticar o formato do mercado de transferências, que decorre em simultâneo com o início da temporada.


"Este não é um bom momento para ninguém. Ainda para mais para nós, uma liga com mais dificuldades financeiras. Não estou de acordo com haver competição e mercado aberto. Como não estou de acordo com o mercado de janeiro”, afirma o técnico.

“Aceito quando há lesões ou algo grave que impossibilite o clube de ter determinados jogadores disponíveis, mas não num mês inteiro. É um exagero e cria instabilidade nos grupos de trabalho", sublinha.

Com uma nova temporada a dar os primeiros passos, Sérgio Conceição diz que os jogadores estão a “trabalhar forte” para garantir um lugar no onze e admite “dores de cabeça” para escolher a equipa.

"É difícil e gratificante. Há sempre ajustes a fazer e faz sempre falta mais alguém, mas é uma boa dor de cabeça. Treinam todos de forma muito forte para conquistar o seu espaço. Confidencio que na primeira convocatória da época, nestes quatro anos, foi a que me custou mais deixar alguns jogadores na bancada e alguns em casa. Diz bem dessa minha dor de cabeça."

Em relação à luta por um lugar da defesa, o treinador azul e branco explica que optou por Zaidu no arranque do campeonato, em detrimento de Manafá, porque o nigeriano começou melhor

"Tem sempre a ver com a semana de treinos. O Manafá quando o sol bate ele quebra um bocadinho. Vai ficar amuado comigo por dizer isto, se calhar, mas passa com Rennie. Não teve a mesma disponibilidade que teve nas outras semanas. E por isso optei pelo Zaidu. Muito do que são as minhas escolhas não tem a ver só com o jogo. Pode não estar bem num dia, mas no outro já está tudo bem. É o exemplo do Manafá. É a resposta que me dão diariamente", sublinhou.