Incêndios na Argélia mataram 69 pessoas. Governo decreta três dias de luto nacional
11-08-2021 - 22:32
 • André Rodrigues

A Argélia enfrenta uma onda de calor extremo, com temperaturas a rondar os 50 graus. Os ventos fortes aceleram a propagação das chamas, o que está a dificultar o trabalho dos bombeiros e das equipas de resgate.

A Argélia decretou três dias de luto nacional por causa dos violentos incêndios que assolam o norte do país e que, de acordo com o mais recente balanço, provocou, pelo menos 69 mortos, esta quarta-feira, entre eles 20 militares.

O balanço inicial apontava para 28 soldados e 37 civis mortos nos incêndios que deflagraram na noite de segunda-feira em Kabylia, na região de Tizi Ouzou.

Posteriormente, a agência de notícias argelina APS deu conta de mais quatro mortes, sem mencionar se se tratava de civis ou militares.

Já o portal de informação francófono Tout sur l'Algérie (TSA), aponta para 20 desaparecidos.

Face a este cenário, o presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, decretou três dias de luto nacional e as mesquitas do país vão dedicar a oração da sexta-feira à memória das vítimas.

A Argélia enfrenta uma onda de calor extremo, com ventos que aceleram a propagação das chamas, o que está a dificultar o trabalho dos bombeiros e das equipas de resgate.

O porta-voz da Proteção Civil argelina, Nasim Barnaui, disse esta quarta-feira que há perto de 70 focos de incêndios ativos em 17 localidades.

Os mais preocupantes são na região de Tizi Ouzou, que foi, também, a que registou o maior número de vítimas mortais.

A Argélia é afetada todos os anos por incêndios florestais. No ano passado arderam cerca de 44 mil hectares de vegetação.

Segundo o Instituto meteorológico argelino, a onda de calor extremo no Magreb vai continuar até 15 de agosto, com temperaturas que podem ir até aos 46 graus.