Mais de mil pessoas tiveram de deixar as suas casas na quinta-feira, no sul da Guatemala, após a erupção do Vulcão de Fogo, o mais ativo de toda a América Central, segundo as autoridades guatemaltecas.
A erupção começou na manhã de quinta-feira e provocou nuvens de fogo - mistura de gás, vapor de água e detritos a temperaturas muito elevadas que descem as encostas a grande velocidade -, causando receios pela segurança da população residente na região.
Um total de 1.054 pessoas, que vivem em cinco aldeias vizinhas, foram retiradas pelas autoridades, disse em conferência de imprensa o diretor da agência nacional para a redução dos desastres Conred, Oscar Cossio.
Cerca de 130 mil pessoas vivem sob a ameaça do Vulcão de Fogo, um estratovulcão a 3.763 metros acima do nível do mar, localizado a apenas 35 quilómetros da cidade da Guatemala, capital do país.
O Instituto de Vulcanologia da Guatemala, através do diretor-geral, Edwin Rojas, anunciou na noite de quinta-feira "uma diminuição da atividade vulcânica".
Ainda antes, a Conred indicou que a coluna eruptiva, composta por gás e cinzas, subiu até seis mil metros acima do nível do mar.
Quando o Vulcão de Fogo entrou em erupção pela última vez, em dezembro de 2022, o aeroporto internacional da Guatemala teve que ser encerrado, assim como uma estrada movimentada entre a cidade turística Antigua Guatemala e o sul do país.
As forças policiais proibiram, na tarde de quinta-feira, a passagem nesta mesma via.
A 03 de junho de 2018, uma nuvem de fogo produzida pelo vulcão atingiu a aldeia de San Miguel Los Lotes, deixando 215 mortos.
Na Guatemala estão ativos outros dois vulcões: o Santiaguito, no oeste do país, e o Pacaya, a sul.