Papa quer visitar Sudão do Sul com arcebispo da Cantuária
14-11-2019 - 11:24
 • Renascença

A intenção da viagem conjunta segue-se ao anúncio de visita em 2020. Mas Francisco impõe uma condição: a formação de um governo de união nacional nos próximos três meses.

O Papa Francisco e o arcebispo de Cantuária pretendem fazer uma visita conjunta ao Sudão do Sul no próximo ano. A intenção foi anunciada nesta quinta-feira pelo Vaticano.

Francisco e Justin Welby estiveram reunidos em audiência privada na quarta-feira para debater a difícil situação dos cristãos, as crises internacionais e a intenção de visitarem o Sudão do Sul.

Mas tal objetivo só poderá concretizar-se se "a situação política permitir a constituição de um governo de transição de unidade nacional nos próximos 100 dias, quando expirar o acordo assinado em Uganda nos últimos dias", esclarece o comunicado da Santa Sé.

Foi em abril de 2019 que se realizou no Vaticano o retiro espiritual das autoridades civis e eclesiásticas do Sudão do Sul – uma iniciativa proposta precisamente pelo arcebispo de Cantuária ao Papa.

O objetivo foi oferecer "uma oportunidade para a reflexão e a oração, assim como para o encontro e a reconciliação, num espírito de respeito e de confiança, àqueles que neste momento têm a missão e a responsabilidade de trabalhar por um futuro de paz e prosperidade para o povo sudanês", explicou depois o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

No passado domingo, dia 10 de novembro, Francisco anunciou, no final da oração do Angelus, o desejo de visitar o Sudão do Sul no próximo ano.

“Dirijo um pensamento especial ao querido povo do Sudão do Sul, que deverei visitar para o ano. Com a memória ainda viva do retiro espiritual para as autoridades do país, realizado no Vaticano em abril passado, desejo renovar o meu convite a todos os atores do processo político nacional para que procurem o que une e superem o que divide, em espírito de verdadeira fraternidade”, declarou Francisco.

Já por ocasião da audiência com o Presidente da República do Sudão do Sul, Salva Kiir, o Papa tinha manifestado a mesma vontade de visitar o país.