Confirmado acordo em Odemira. Governo deixa cair requisição civil ao ZMar
01-06-2021 - 00:13
 • André Rodrigues

Protocolo assinado com a massa insolvente do empreendimento turístico disponibiliza 34 casas para acolher pessoas e define um pagamento de 100 euros por dia pela cedência temporária de cada uma das unidades até 30 de junho.

É oficial. o Governo deixou cair a requisição civil ao empreendimento turístico ZMar após ter chegado a acordo com a massa insolvente do alojamento. O protocolo vai disponibilizar “34 unidades para situações decorrentes da situação sanitária no município de Odemira”, pode ler-se num comunicado conjunto dos ministérios da Economia e da Administração Interna.

“Com a assinatura do protocolo, entre o Instituto do Turismo de Portugal e a Massa Insolvente da Multiparques a Céu Aberto – Campismo e Caravanismo em Parques, S. A., é estipulado o pagamento de 100€/dia pela cedência temporária de cada uma das unidades até 30 de junho com possibilidade de ser prolongado”, detalha a nota.

O Governo decidiu, assim, desistir da requisição civil ao empreendimento turístico ZMar, para alojar pessoas sujeitas a confinamento obrigatório, mas sublinha que, “por esta via, são assegurados integralmente os motivos que justificaram a referida requisição”.

O Executivo lembra que o facto de Odemira ser “um município sazonalmente habitado por trabalhadores do setor agrícola, cujas condições de habitação dificultaram a resolução da crise sanitária”, resultou na perceção de que “o empreendimento ZMar Eco Experience é um estabelecimento que apresenta as condições aptas e adequadas para o alojamento temporário necessário decorrente da crise sanitária”.

Além disso, conclui o Governo, este protocolo possibilita uma “menor perturbação” para a comunidade, ao mesmo tempo que “pode contribuir para a viabilização” do empreendimento e para “a manutenção dos postos de trabalho”, através da injeção da “receita adicional” decorrente da utilização do espaço como solução de acolhimento temporário para as situações de confinamento obrigatório.