Peixe recorda título mundial de 91. "Impactante a imagem de cento e muitos mil na Luz"
30-06-2021 - 12:45
 • João Fonseca

Melhor jogador do Mundial sub-20 de 1991 lembra os momentos memoráveis de uma final de Lisboa que revalidou o título de Riade. Geração de ouro "não tinha pressão, tinha competência", assinala o agora treinador.

Passados 30 anos da conquista de novo título de sub-20, num Campeonato do Mundo realizado em Lisboa, Emílio Peixe tem gravada na memória a "impactante imagem de cento e muitos mil na Luz".

Em conversa com Bola Branca, o então médio sublinha que o maior património "foi o respeito e amizade" criado num grupo comandado por Carlos Queirós e Nelo Vingada.

Aquela que ficou conhecida como a "geração de ouro", com Luís Figo, Rui Costa, João Vieira Pinto e Peixe nos maiores destaques, não carregava o peso de um Mundial vencido dois anos antes em Riade, Arábia Saudita.

"Não houve grande pressão para revalidarmos, houve sim confiança redobrada para conseguirmos chegar ao mesmo patamar", sublinha o antigo internacional português.

Portugal chegou à final e bateu o Brasil nas grandes penalidades. Um dia "fantástico, memorável e único" e que acabou por abrir portas definitivamente "à qualidade do jovem jogador português".

A grande surpresa viria mesmo após a final, com Emílio Peixe a ser considerado o melhor jogador do torneio. A dimensão da distinção só mais tarde viria a pesar sobre o agora treinador.

"Só percebi num jantar com os meus colegas em pé a bater palmas e com os técnicos também, a darem-me os parabéns. E percebi com maior profundidade quando telefonei aos meus pais e percebi na emoção deles o feito que tinha atingido", termina Emílio Peixe.