Passados 30 anos da conquista de novo título de sub-20, num Campeonato do Mundo realizado em Lisboa, Emílio Peixe tem gravada na memória a "impactante imagem de cento e muitos mil na Luz".
Em conversa com Bola Branca, o então médio sublinha que o maior património "foi o respeito e amizade" criado num grupo comandado por Carlos Queirós e Nelo Vingada.
Aquela que ficou conhecida como a "geração de ouro", com Luís Figo, Rui Costa, João Vieira Pinto e Peixe nos maiores destaques, não carregava o peso de um Mundial vencido dois anos antes em Riade, Arábia Saudita.
"Não houve grande pressão para revalidarmos, houve sim confiança redobrada para conseguirmos chegar ao mesmo patamar", sublinha o antigo internacional português.
Portugal chegou à final e bateu o Brasil nas grandes penalidades. Um dia "fantástico, memorável e único" e que acabou por abrir portas definitivamente "à qualidade do jovem jogador português".
A grande surpresa viria mesmo após a final, com Emílio Peixe a ser considerado o melhor jogador do torneio. A dimensão da distinção só mais tarde viria a pesar sobre o agora treinador.
"Só percebi num jantar com os meus colegas em pé a bater palmas e com os técnicos também, a darem-me os parabéns. E percebi com maior profundidade quando telefonei aos meus pais e percebi na emoção deles o feito que tinha atingido", termina Emílio Peixe.