DGS valida celebração do 25 de Abril sem máscaras. "Está garantida a distância social entre as pessoas"
23-04-2020 - 13:26
 • Inês Braga Sampaio

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, lembra que, na conferência diária de atualização da pandemia do coronavírus, nenhum dos intervenientes usa máscara, porque todas as medidas de contenção, como o distanciamento social, estão asseguradas.

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A diretora-geral da Saúde aprovou, esta quinta-feira, a celebração solene do 25 de Abril no Parlamento sem máscaras, conforme fora anunciado por Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República.

Graça Freitas recordou que, na conferência diária de atualização da situação da pandemia do novo coronavírus em Portugal, também nenhum dos intervenientes usa máscara, dado que se cumprem todos os requisitos obrigatórios de segurança e contenção da propagação.

"É o que se vai passar exatamente na Assembleia da República. É um edifico grande, tem uma área e uma cubicagem grande, tem uma parte de baixo e galerias, e estarão garantidas todas as condições para que as pessoas estejam em distanciamento social. Existem circuitos de entrada e de saída, as pessoas não se cruzam necessariamente", salientou.

Graça Freitas fez notar que os serviços da Assembleia da República "são completamente autónomos na decisão e têm um plano de contingência excelente".

"Também temos de ver as condições arquitetónicas do edifício e a taxa de ocupação que o edifício vai ter", acrescentou.

Assim, a celebração solene do Dia da Liberdade sem máscaras não assusta a diretora-geral da Saúde: "Temos feito estes encontros aqui todos os dias e não temos usado máscara, porque estamos todos a uma distância segura. As circunstâncias são assim, a Assembleia da República tem um belíssimo plano de contingência e está garantida a distância social entre as pessoas".

Uma recomendação não é uma ordem


De qualquer forma, Graça Freitas vincou que, sempre que a Direção-Geral de Saúde emite recomendações ou orientações, "fá-lo com base na melhor evidência científica que existe à data", mas não dá ordens.

"Se um estabelecimento comercial ou uma escola ou banco considerar que, para ter o máximo de segurança, além das medidas obrigatórias, é essencial a utilização de máscaras, pode fazê-lo. O que não pode é descurar nenhuma das outras medidas", esclareceu.

A diretora-geral da Saúde deixou, ainda, um recado a quem pensa que as máscaras são solução prioritária: "As máscaras não são solução única. Senão todos os problemas da humanidade estavam resolvidos neste momento, bastava usar máscara."

A Covid-19 já afetou 22.353 pessoas em Portugal, das quais morreram 820, segundo a atualização desta quinta-feira da Direção-Geral de Saúde.