Dia da Europa: do Porto a Estrasburgo
09-05-2021 - 14:47
 • José Bastos

Nuno Botelho, Carvalho da Silva e José Pedro Teixeira Fernandes na análise da Cimeira do Porto e da Conferência sobre o futuro da Europa.

No domingo em que se cumprem 71 anos da declaração Schuman, o acto seminal da União Europeia, arranca ao início da tarde em Estrasburgo a Conferência sobre o Futuro da Europa, com um ano de atraso motivado pela pandemia e falta de consenso à volta da operacionalidade a definir entre Conselho, Comissão Europeia e Parlamento.

A Conferência tem um epicentro – uma plataforma digital - para extrair conclusões, concebida para escutar os cidadãos e apurar o que querem e esperam da União Europeia. A plataforma estará ativa até à primavera de 2022 e espera ser a ferramenta de debate transnacional, disponível nas 24 línguas oficiais da União, ainda que as conclusões não sejam vinculativas,

Assim, o hemiciclo de Estrasburgo acolhe uma sessão extraordinária para marcar, esta tarde, o início formal da Conferência. Conta com os discursos dos presidentes do Parlamento Europeu, David Sassoli, da líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do primeiro-ministro português, António Costa, em representação do Conselho.

A data não poderia ser mais simbólica, o dia da Europa, 71 anos depois da declaração Schuman. Apesar da ruína económica que fustigava o continente, cinco anos depois do fim da II Guerra Mundial, o documento mostrou aos europeus um caminho para deixar de lado guerras, nacionalismos e medos. Graças à União, a Europa viveu sete décadas de paz e desenvolvimento e a cada 9 de maio celebra o seu dia. 2021 não é exceção e a jornada é assinalada tendo presente o grande desafio económico e social colocado pela pandemia.

A análise aos desafios da Europa e à Cimeira do Porto do fim de semana é de Nuno Botelho, jurista e presidente da ACP-Câmara de Comércio e Indústria do Porto, Manuel Carvalho da Silva, sociólogo, professor da Universidade de Coimbra e José Pedro Teixeira Fernandes, professor do ensino superior e especialista em geopolítica a olharem também para a questão das patentes nas vacinas anti Covid19 e India.