Centenas de peregrinos fora do recinto em Fátima. “As regras estavam definidas e eram conhecidas”
13-05-2021 - 13:33
 • Pedro Filipe Silva

Perante algumas queixas de quem não conseguiu entrar no recinto, o Santuário de Fátima lamenta, relembra que as regras eram conhecidas e justifica que a colocação de ecrãs fora do recinto colocava em risco a segurança dos peregrinos.

Há quem tenha chegado muito cedo para tentar um lugar no recinto do Santuário de Fátima e, mesmo assim, não conseguiu entrar. As entradas junto à Basílica da Santíssima Trindade foram as últimas a fechar, ainda não eram 9h00 da manhã.

Carmo Rodeia, da comunicação do Santuário de Fátima, relembra que as regras estavam definidas desde o início e eram conhecidas.

“Nós podíamos acolher para esta peregrinação 7.500 peregrinos. Este foi um número definido pelas autoridades de saúde, em articulação com o Santuário de Fátima. Este foi número que foi comunicado.”

Tanto na noite de 12, como na manhã desta quinta-feira, foram muitos os que se queixaram da falta de condições fora do recinto. O distanciamento foi mais difícil de cumprir e surgiram até sugestões para colocar ecrãs gigantes.


Carmo Rodeia diz que essa hipótese nunca foi equacionada: “nós estávamos cientes de que era necessário preservar a segurança de todos. O que não queríamos de todo é que se concentrassem pessoas fora do recinto de oração e que pusessem em causa a sua segurança. Por isso nunca esteve em cima da mesa a colocação de ecrãs. Lamentamos e somos os primeiros a fazê-lo.”

A responsável de comunicação do Santuário de Fátima sabe que são muitos os que querem participar nas celebrações, mas ainda não é possível como no passado.

“O Santuário não se cansou de repetir que este ainda não era o maio das grandes multidões de Fátima, onde todos poderíamos vir cá. A exigência do momento ainda requer de nós uma forte atenção e pede-nos muita responsabilidade e bom senso. Ainda não é altura de baixar os braços.”

Quanto à possibilidade de aumentar a lotação do recinto nas próximas peregrinações aniversárias, Carmo Rodeia diz que é preciso analisar com tranquilidade.

“Vamos passo a passo. Estamos todos a viver um momento de aprendizagem. Apesar de esperarmos já estarmos na reta final desta pandemia e enquanto não ganharmos imunidade de grupo, enquanto não estiverem pensadas todas as condições de saúde, temos de ir pensando passo a passo. Cada mês é um mês. A seu tempo iremos refletindo todas estas situações”, sublinha.