Comer bem sai caro? Há que “desfazer mitos e insistir” em melhor informação
16-10-2020 - 07:01
 • Marta Grosso , Isabel Pacheco

De acordo com um estudo da Deco, apenas 15% dos portugueses concordam em pagar mais para alterar hábitos alimentares. Hoje, é Dia Mundial da Alimentação.

Os números são da associação de defesa do consumidor Deco. Mais de 70% dos portugueses consideram que a alimentação saudável e sustentável é demasiado cara.

O estudo realizado pelo Gabinete Europeu de União dos Consumidores (Bureau Européen des Unions de Consommateurs – BEUC), de que faz parte a Deco Proteste, indica ainda que apenas 15% dos consumidores estão de acordo em pagar mais para alterar a sua forma de consumir.

Na opinião do especialista em alimentação Bruno Santos, da Deco, é preciso mais investimento na forma como a informação chega aos consumidores.

“Ou há aqui uma nivelação de preços ou tem que se investir na tal informação que demonstra ao consumidor que não tem necessariamente de comer um legume de produção biológica para estar a consumir de forma mais saudável. Os outros são também produtos obviamente saudáveis”, começa por dizer.

À Renascença, Bruno Santos defende que é preciso “desfazer um bocadinho os mitos e insistir ainda mais na informação e, sobretudo, na forma como a informação é apresentada aos consumidores”.

O mesmo estudo indica que 42% dos inquiridos se queixam de falta de informação para alterar os seus hábitos alimentares.

Esta sexta-feira, assinala-se o Dia Mundial da Alimentação. Assim acontece desde 1981. O dia é celebrado em mais de 150 países e serve para consciencializar a opinião pública sobre a importância da nutrição e outras questões relacionadas com a alimentação.