​Incêndios. Altas temperaturas colocam nove distritos em alerta amarelo
09-07-2021 - 13:53
 • Celso Paiva Sol , Cristina Nascimento

Temperaturas altas, pouca recuperação da humidade e vento são alguns dos fatores de risco.

A Proteção Civil colocou nove distritos do Continente em alerta amarelo para os incêndios florestais. Os distritos abrangidos são Bragança, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Évora, Setúbal, Beja, Faro e Portalegre.

A medida operacional vai vigorar durante todo o fim de semana e explica-se com as condições atmosféricas previstas para os próximos dias.

A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, esteve esta sexta-feira de manhã na sede da Proteção Civil, onde lhe foram transmitidas essas previsões.

"Confima as previões que já tinhamos disponíveis e apontam meteorologicamente para um período de maior complexidade. Estamos a falar sobretudo do dia de hoje, sábado e domingo, onde vamos ter tempo seco, temperaturas altas, pouca recuperação da humidade sobretudo durante o período da noite, algum vento e estamos a falar sobretudo da zona sul e da zona interior centro e sul do país", descreveu a governante.

Perante as previsões, Patrícia Gaspar o "apelo tradicional" de que "todo o cuidado é pouco".

"Por melhor que seja o dispositivo, por mais apto que estejamos a responder, há que haver uma sintonia e um alinhamento com todos os portugueses", apela.

Patrícia Gaspar recomendou a adequação dos comportamentos "à zona florestal, aos espaços rurais e não utilizar fogo seja em que circunstâncias for".

MAI não comenta extinção de Observatório dos Incêndios Florestais

Nestas declarações aos jornalistas na sede da Proteção Civil, Patrícia Gaspar optou por não comentar a extinção do Observatório Técnico Independente dos Incêndios Florestais da Assembleia da República.

Confrontada com a não renovação do mandato daquele organismo, a secretária de Estado da Administração Interna remeteu qualquer explicação para o Parlamento.

O mandato do Observatório terminou na passada quarta-feira e não foi renovado pelo Parlamento.

Tinha sido criado na sequência dos trágicos incêndios de 2017 e servia de órgão consultivo dos deputados para o desenvolvimento da reforma entretanto lançada na área da prevenção e combate aos incêndios.