Subir a montanha sem pico à vista
10-01-2021 - 15:04
 • José Bastos

Nuno Botelho, Carvalho da Silva e José Pedro Teixeira Fernandes na análise do novo confinamento.

Quando a 23 de agosto, Bayern de Munique e PSG se enfrentaram em Lisboa, na final da Champions, o registo de novas infeções da Covid19 era 18 vezes menor do que o registo do Natal, exemplo de como a noção de risco associado ao contágio se alterou em poucos meses.

Dezembro foi o mês com mais mortes associadas à pandemia e, depois do pico de novembro, a tendência nos primeiros dias de janeiro voltou a ser de subida. Em quatro dias de 4 a 8 de janeiro foram registados mais casos que nos meses de maio, julho e agosto, mês da final Champions, juntos. Pior: o número de doentes internados com Covid19 atingiu novo máximo exercendo enorme pressão na resposta hospitalar.

O país entrará em confinamento nos próximos dias – todos os sinais apontam nesse sentido – e a fórmula será definida depois da reunião de terça-feira, 12, com peritos do Infarmed para “clarificar a real situação”. No ‘regresso a março’, esta segunda versão do confinamento terá, pelo menos, uma grande diferença face à primeira: as escolas a funcionar.

A análise ao novo confinamento é de Nuno Botelho, jurista e presidente da ACP-Câmara de Comércio e Indústria do Porto, Manuel Carvalho da Silva, sociólogo, professor da Universidade de Coimbra e José Pedro Teixeira Fernandes, professor do ensino superior e especialista em geopolítica a olharem também para as Presidenciais 2021 e para a invasão do Capitólio, nos últimos dias de Trump na Casa Branca.