"Pontaria não faltou". Luís Montenegro atingido com tinta verde em ação de campanha
28-02-2024 - 11:52
 • Diogo Camilo

Líder da Aliança Democrática lamentou o incidente, protagonizado por ativistas da Greve Climática Estudantil. Cinco pessoas foram detidas.

O líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, foi atingido por tinta verde durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) na manhã desta quarta-feira, atirada por um ativista da Greve Climática Estudantil.

O momento aconteceu quando o presidente do PSD entrava na FIL, no Parque das Nações, com Montenegro a ficar coberto de tinta no rosto e na roupa, mas a responder com ironia.

"Pontaria não faltou. Tenho todo o respeito pelas pessoas que manifestam. Se a ideia é transmitir-me as preocupações, era mais fácil termos conversado", lamentou em declarações aos jornalistas.

"Estou focado todos os dias em dar resposta aos problemas das pessoas e contribuir para termos um mundo e um país equilibrado e sustentado", acrescentou.

A ação foi feita pelo coletivo de estudantes Greve Climática Estudantil, que critica que "nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática".

Em comunicado, a PSP afirma ter intercetado cinco indivíduos pertencentes à organização ambientalista, um deles a pessoa que atirou tinta a Montenegro.

"Durante esse policiamento foi possível detetar um grupo de indivíduos com comportamento suspeito, tendo-se vindo a apurar que pertenciam a uma organização ambientalista. Desse grupo, 4 indivíduos foram abordados de imediato, os quais tinham sua posse 1 lata de tinta que foi apreendida. Todavia, um dos indivíduos desse grupo não foi monitorizado em tempo, motivo pelo qual conseguiu atingir o líder da Aliança Democrática com tinta verde, bem como outros membros da comitiva", refere a PSP.

Em reação, Nuno Melo criticou aquilo que diz ser um "ato normal e cobarde de gente que não tem noção". "Não é um protesto. Há formas de expressar mensagens e esta não é uma destas", criticou o presidente do CDS.

Também Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, repudiou o "ataque à liberdade" em campanha eleitoral, que considera ser também um ataque "à democracia". "Se os autores desta ação alegam uma causa justa, então são os piores defensores dessa causa", escreveu.

A líder do PAN, Inês Sousa Real, lamentou o incidente, referindo que atingir políticos com tinta "não é a forma mais correta" de lutar contra as alterações climáticas.

[noticia atualizada 13h14]