Carlos III “não é o meu rei”: a coroação na Escócia marcada por protestos
06-07-2023 - 10:42
 • Beatriz Pereira

Edimburgo celebrou esta quarta-feira a coroação escocesa de Carlos III e da rainha Camila. Entre festejos e apoios dos fãs da família real, houve quem protestasse contra a monarquia.

Uma multidão, envolta num ambiente em festa, reuniu-se esta quarta-feira na Escócia para celebrar a coroação do rei Carlos e da rainha Camila. Mas não foram os únicos que quiseram estar presentes na cerimónia de entrega da "Honras da Escócia", as joias da coroa britânica mais antigas: também um grupo com cerca de 200 anti-monárquicos reuniu-se junto da Catedral de St. Giles. Em voz alta, fizeram-se ouvir empunhando cartazes amarelos com a frase “Not my King” (Não é o meu Rei). Quatro pessoas acabaram por ser detidas.

Numa receção mista ao rei Carlos III, monarquistas juntaram-se também para cantar God Save Our Gracious King.

O evento marca o facto histórico de Inglaterra e a Escócia terem tido monarcas diferentes até à união das coroas, que aconteceu em 1603.

Na Catedral de St. Giles, as cerimónias aconteceram com a entregas das Honras da Escócia, as joias da coroa do país- uma coroa, um cetro e a espada de estado, feitas em ouro, prata e pedras preciosas. Estes elementos são símbolos do compromisso do Rei com a nação escocesa.

Depois da celebração religiosa, a coroação ficou marcada pela saudação de 21 tiros disparados do Castelo de Edimburgo e com a exibição aérea dos Red Arrows, a equipa de aviões acrobatas da Royal Air Force.

De recordar que Carlos e Camila já tinham sido coroados na Abadia de Westminster, em Londres, no dia 6 de maio, com a presença de cerca de 100 líderes mundiais.