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Está ainda na fase “de interesse” a nova variante do SARS-CoV-2 que se espalhou com alguma expressão na América Latina e que já chegou a Portugal. Chama-se Lambda e ainda não preocupa os virologistas, que se mantêm atentos à sua evolução.
“As variantes estão sempre a aparecer”, diz o presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia. “Para já, esta é mais uma”, acrescenta Paulo Paixão, explicando que “o vírus está sempre a mudar”, havendo de vez em quando “mutações que nos preocupam um pouco mais”.
“As variantes são classificadas como ‘variantes de interesse’, depois passam para ‘variantes de preocupação’, quando nos começam a preocupar mais e depois temos uma coisa que é ‘variantes de alta consequência’. O que é que é uma variante de alta consequência (e não temos neste momento nenhuma)? É uma que seria bastante resistente à vacinação”, explica o virologista, em direto na Renascença.
Neste momento, a Lambda está como que “numa segunda divisão das variantes”, ou seja, está classificada como “de interesse”.
Esta variante chega a Portugal numa altura em que o país enfrenta com nova vaga da pandemia causada pela variante Delta, que de início também não foi considerada preocupante.
Paulo Paixão explica que, quando isto acontece, é porque a nova variante é mais transmissível do que as outras e se impõe às restantes. Foi o caso da Delta, mas não foi o caso das de Manaus ou sul-africana, que motivaram alguma preocupação dos especialistas, mas depois acabaram por desaparecer em Portugal, recorda o especialista.
Quanto à resistência da Lambda às vacinas, Paulo Paixão não crê que venha a acontecer, uma vez que “aquela mutação é parecida a outras que já temos a correr entre nós”.
Neste momento, sublinha o presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia, não existe qualquer variante considerada de “alta consequência”.
A Lambda começou por ser descoberta no Peru e já tem alguma expressão na América Latina.