“Sem acolhimento não há Natal”, diz o bispo de Viana do Castelo
26-12-2019 - 13:20
 • Filipe d'Avillez

D. Anacleto Oliveira diz aos fiéis para acolherem as famílias, mas não de não ficarem por aí: “os estrangeiros, os sem-abrigo, de modo muito especial todos os carenciados que não têm quem os acolha”.

O bispo de Viana do Castelo usou a sua mensagem de Natal para referir a importância do acolhimento.

Num curto vídeo publicado no site da Viana TV, D. Anacleto Oliveira disse que o acolhimento é importante até antes do nascimento. “O Natal é por excelência uma festa de acolhimento, isto é, sem acolhimento não há Natal. A própria palavra Natal para isso nos aponta, remete para nascimento e sem acolhimento qualquer criança, ainda antes de nascer, não tem hipóteses de sobreviver.”

“Natal é festa de acolhimento da minha parte e da parte dos outros. Eu sou chamado a acolher o outro independentemente da sua condição rica ou pobre, do seu nível social, da sua formação académica e da sua cultura, acolho-a sobretudo como pessoa que é.”

O bispo de Viana do Castelo diz que o exemplo vem literalmente de cima, de um Deus que nos acolhe. “É exatamente este acolhimento que Deus nos fez de um modo especialíssimo ao dar-nos o seu filho, que assumiu a nossa carne, fez-nos parte do seu próprio ser.”

Aos fiéis D. Anacleto convida a serem também exemplo de acolhimento nas suas casas, a começar por quem está mais próximo, mas sem se ficar por aí. “Acolhemos todas as pessoas, a começar por aquelas que estão mais próximas de nós. Na família, marido e esposa, pais e filhos, os outros familiares, os amigos, eventualmente os estrangeiros, os sem-abrigo, de modo muito especial todos os carenciados que não têm quem os acolha.”

“O próprio Jesus se fez solidário com eles, com as palavras que bem exprimem aquilo que foi a sua missão e o que exige de nós: Tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber, estava nu e me vestiste, sem-abrigo e me acolheste, estava doente e me visitastes, ou preso e me foste ver. Jesus fez isto, identificando-se com todas as pessoas a quem falta o acolhimento”, conclui D. Anacleto.