"Quem não cumpre as regras de vacinação deve ser punido", diz Costa
03-02-2021 - 11:39
 • Lusa

Primeiro-ministro considera essencial que sejam respeitados os critérios que as autoridades técnicas e as autoridades de saúde definem como as prioridades de saúde.

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O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira que devem ser punidos os casos de abuso e de não cumprimento das regras de prioridade no atual processo de vacinação e pediu aos cidadãos "confiança" nas autoridades técnicas e de saúde.

"Quem não cumpre as regras de vacinação deve ser punido", declarou António Costa no final de uma visita às unidades de saúde de Alvalade e Parque, em Lisboa, marcando o arranque de uma nova fase da vacinação, depois de confrontado pelos jornalistas com situações de abuso e de não cumprimento de prioridades no processo de vacinação contra a Covid-19.

Tendo ao seu lado a ministra da Saúde, Marta Temido, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, o primeiro-ministro procurou também passar uma mensagem no sentido de que não haja ansiedade em relação a este processo de vacinação. .

"Há algo que é fundamental: Não vale a pena termos um excesso de ansiedade, nem vale a pena correr para as unidades de cuidados de saúde para pedir a vacina. Cada um vai ser contactado para no momento próprio poder receber a vacina", frisou o líder do executivo.

António Costa considerou depois essencial que sejam respeitados os critérios que as autoridades técnicas e as autoridades de saúde definem como as prioridades de saúde.

"Não vale a pena fazermos de treinadores de bancada, achando que esta ou aquela doença deve ser mais prioritária do que a outra. Confiemos naquilo que nos dizem os médicos e os profissionais de saúde", disse.

O primeiro-ministro sustentou ainda que em Portugal, ao longo de décadas, se encarou a vacinação como "um passo fundamental para o controlo de doenças".

"Assim tem sido ao longo de gerações. Isso tem-nos permitido melhorar muito os resultados alcançados em saúde. Esta é mais uma vacina que teremos de tomar", acrescentou.

Em Portugal, morreram 13.017 pessoas dos 731.861 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, divulgado na terça-feira.