Iniciativa Liberal contra mais exceções no estado de emergência
16-12-2020 - 12:47
 • Paula Caeiro Varela com redação

Presidente da República está a fazer uma ronda de audiências com os partidos com representação parlamentar sobre a provável renovação do estado de emergência.

A Iniciativa Liberal (IL) não vê razões para alterar as medidas previstas para o Natal para controlar a pandemia de Covid-19.

João Cotrim de Figueiredo, líder do partido que mantém o voto contra na renovação do Estado de Emergência, diz que a evolução da situação epidemiológica corresponde ao que era previsto e não faz sentido apertar as restrições.

“A trajetória que se verificou corresponde à expetativa que se tinha. Portanto, no nosso ponto de vista não faz sentido mudar de opinião em relação a essas medidas…seria até mais uma demostração de uma certa lógica errática das medidas que o Governo tem tomado”, disse o deputado após ser recebido no Palácio de Belém, em Lisboa, por Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a renovação do estado de exceção, de 24 de dezembro até 7 de janeiro.

A IL deixou ainda ao Presidente da República um pedido para que o próximo período do estado de emergência tenha em conta que há uma campanha eleitoral pela frente, sendo preciso indicações sobre o que é possível ou não fazer.

Deputado lembra que há possibilidade de haver outro tipo de ajuntamentos. Mas “não faria sentido ter mais exceções para uma campanha política do que para o Natal”, afirmou, dizendo também que “não tem a mesma carga emocional e afetiva que tem a quadra festiva”.

Uma nova reunião com especialistas no Infarmed ficou agendada para dia 5 de janeiro, anunciou João Cotrim de Figueiredo, que mostrou igualmente preocupação sobre o plano de vacinação contra a Covid-19.

O Presidente da República está hoje a fazer uma ronda de audiências com os partidos com representação parlamentar sobre a provável renovação do estado de emergência.

A pandemia provocou pelo menos 1.636.687 mortos resultantes de mais de 73,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 5.733 pessoas dos 353.576 casos de infeção confirmados, de acordo com o último boletim da Direção-Geral da Saúde.