Futuro do PSD. Tudo pode começar na Câmara de Lisboa
19-10-2021 - 10:00
 • Olímpia Mairos

Para a comentadora, Rui Rio é um resiliente e, por isso, não acredita que “atire a tolha ao chão e até é provável que vá recandidatar-se”.

A comentadora d’As Três da Manhã destaca a plateia de notáveis e de quadros do PSD na tomada de posse de Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa para afirmar que “cheira a poder”.

“Todas as tendências do PSD estavam ali representadas com Rui Rio desconfortável até na cadeira, naquele isolamento a que se se votou ou que os outros o votaram”, observa.

“Aquilo que Rui Rio não teve, a noção que passou de que o PSD estava esgotado, que não havia ali nenhuma alternativa, nem sequer havia quadros para fazer Governo, ontem, Moedas provou que não é assim”, sublinha.

Graça Franco diz também que no discurso como presidente da autarquia, Moedas provou que está preparado para qualquer função e, por isso, “tudo pode começar na Câmara de Lisboa”.

A comentadora considera que Moedas mostrou que sabe fazer a ponte, ou seja, reivindica para si uma legitimidade democrática para o seu programa, mas mostrou também que “é capaz de ouvir os outros e fazer os necessários compromissos” e isso pode ser “um mau sinal para Rui Rio”.

Ainda assim, Graça Franco afirma que Rui Rio é um resiliente, “tem sempre uma energia renovada, quando a coisa parece mais difícil” e, por isso, não acredita que “atire a tolha ao chão e até é provável que vá recandidatar-se”, algo que a comentadora não aconselharia, “porque Paulo Rangel surgiu com uma força muito grande”.