Ligas Europeias. Superliga Europeia mostrou que é preciso um modelo “mais justo”
23-04-2021 - 21:04
 • Lusa

Associação acredita que, após a novela, "os decisores do futebol vão ter que repensar toda a governança do jogo".

A polémica em torno do projeto da Superliga Europeia deve servir de "lição" para promover um modelo "mais justo" de redistribuição financeira, considerou, esta sexta-feira, Alberto Colombo, da Associação das Ligas Europeias (European Leagues).

"Ao longo dos últimos dias temos assistido à união de toda a comunidade do futebol em torno dos princípios e valores da inclusão, mérito desportivo e solidariedade. Seguramente que o que experienciámos representa uma mudança na forma como os decisores do futebol vão ter que repensar toda a governança do jogo", lançou o secretário-geral adjunto das Ligas Europeias numa declaração escrita.

O responsável realçou que "estes princípios e valores têm que ser as bases sobre as quais são construídas as competições".

Alberto Colombo acrescentou que isto é "particularmente relevante para a forma como as ligas domésticas e as provas da UEFA devem redistribuir os seus recursos financeiros no futuro".

"Isto deve servir de lição para implementar uma redistribuição mais justa e mais equitativa do dinheiro, de modo a preservar o sonho de todos os clubes e dos seus fãs na Europa de alcançarem sucesso desportivo", rematou.

A Superliga são três dias


O anúncio da Superliga Europeia aconteceu no domingo, mas não sobreviveu mais de 48 horas, com várias vozes contra, desde governos, à UEFA, FIFA, Federações e adeptos.

Perante as críticas, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham e Chelsea iniciaram a debandada do projeto da Superliga na terça-feira, seguindo-se já na quarta-feira Atlético de Madrid e Inter Milão.

AC Milan e Juventus já reconheceram a necessidade de avaliar o projeto, enquanto os presidentes de Barcelona e Real Madrid consideram que esta era uma prova necessária e que ainda haverá possibilidade de avançar.

O sonho liderado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, juntou 12 dos principais clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, tendo em vista a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.