Covid-19: Moderna anuncia ensaio clínico da vacina com milhares de crianças
16-03-2021 - 15:03
 • Lusa

Farmacêutica explica que este ensaio clínico envolve um total planeado de 6.750 crianças nos Estados Unidos e no Canadá.

Veja também:


A Moderna começou a testar a sua vacina contra a covid-19 em milhares de crianças entre os seis meses e os 11 anos, anunciou hoje a farmacêutica americana.

Em comunicado, a farmacêutica explica que este ensaio clínico envolve um total planeado de 6.750 crianças nos Estados Unidos e no Canadá.

A vacina da Moderna contra a covid-19 já está a ser administrada em vários países, incluindo Portugal, mas apenas a adultos.

O novo ensaio clínico, em que já começaram a ser administradas as primeiras doses, vai permitir estudar "a segurança, tolerância, reatogenicidade [produção de efeitos indesejáveis] e a eficácia" da vacina.

Numa primeira fase, serão estudadas duas dosagens diferentes para crianças entre os dois e 11 anos, e três para bebés dos seis meses aos dois anos de idade, incluindo uma dosagem ainda mais baixa.

Depois de determinada a mais adequada, um outro grupo de crianças receberá um placebo, cujos resultados serão comparados com os dos grupos vacinados. .

Após receberem a segunda dose, as crianças serão acompanhadas durante 12 meses.

Além deste ensaio clínico, a vacina contra a covid-19 da Moderna já está, desde dezembro, a ser testada em adolescentes dos 12 aos 18 anos, num ensaio que envolve cerca de três mil participantes.

A vacina da Moderna, que utiliza uma tecnologia recente designada RNA mensageiro, está atualmente autorizada para pessoas com 18 ou mais anos de idade na América do Norte, na União Europeia e em alguns outros países, incluindo Israel e Singapura.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.661.919 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.694 pessoas dos 814.513 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.