Covid-19. Desporto dá mais um passo no desconfinamento, à espera da retoma da formação
05-04-2021 - 10:33
 • Renascença com Lusa

Autorizada prática amadora de modalidades desportivas de baixo risco. Atividade física ao ar livre limitada a grupos de até quatro pessoas, ginásios abertos, mas sem aulas de grupo.

A prática de modalidades desportivas de baixo risco e de atividade física ao ar livre ou em ginásios e academias volta a ser autorizada a partir desta segunda-feira, na segunda fase do plano de desconfinamento.

A prática de atividade física ao ar livre em plena pandemia de covid-19 fica limitada a grupos de até quatro pessoas, enquanto as aulas de grupo vão continuar proibidas em ginásios e academias.

Passa também a ser permitida a prática amadora de modalidades listadas pela Direção-Geral de Saúde (DGS) como “atividade física e desportiva de baixo risco”, isto é, que garantem contextos de treino e competitivos com "distanciamento físico permanente de pelo menos três metros entre praticantes". Saiba quais são.

A retoma do desporto de formação nas modalidades de médio e alto risco dependerá de testes laboratoriais obrigatórios à Covid-19 até 72 horas antes do início das atividades, algo que já mereceu críticas.

Adeptos continuam a ver desporto pela televisão


O primeiro-ministro confirmou, na quinta-feira, que não haverá público nos Grandes Prémios de Portugal de MotoGP, a 18 de abril, e Fórmula 1, a 2 de maio, e que os estádios de futebol continuarão sem adeptos.

"Não há eventos com público porque eventos com público são um risco acrescido de juntar pessoas e, juntando pessoas, há risco acrescido de transmissão da doença [Covid-19]. Isso tem de ser evitado e vamos continuar a evitar", declarou António Costa, na conferência de imprensa de divulgação das medidas da segunda fase de desconfinamento.

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional admitiu, em março, esperar que os adeptos pudessem regressar às bancadas a 19 de abril, face à possibilidade de realização de "eventos exteriores com lotação reduzida", assim como "a reabertura das salas de espetáculos".

No entanto, as declarações desta quinta-feira do primeiro-ministro contrariam Pedro Proença. O futebol só deverá mesmo voltar a ter público a partir do dia 3 de maio, quando passam a ser permitidos "grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação".

Os adeptos têm estado longe das bancadas desde março de 2020, quando foi suspenso todo o desporto em Portugal, incluindo futebol, e entrou em vigor o primeiro estado de emergência. Em outubro, houve três jogos-piloto e dois desafios da seleção portuguesa de futebol com presença de adeptos, como teste, e o FC Porto recebeu público num encontro da Liga dos Campeões. Porém, a segunda vaga da pandemia do novo coronavírus deitou quaisquer planos de retoma da assistência ao vivo por terra.

Terceira fase de desconfinamento à espreita


Caso a evolução diária da pandemia de covid-19 em Portugal seja favorável, a segunda fase do plano de desconfinamento do Governo para a prática desportiva irá começar a partir de 19 de abril, assinalando a retoma das modalidades classificadas de médio risco.

Nesse lote estão incluídas as principais modalidades coletivas. Casos do andebol, basquetebol, futebol, futsal, hóquei em patins e voleibol, cujas divisões profissionais prosseguiram durante o segundo confinamento.

Corfebol, futebol de praia, hóquei e hóquei em linha, polo aquático, aquatlon, hóquei subaquático e râguebi subaquático também regressarão ao ativo, assim como o râguebi em cadeira de rodas, que completará o leque de desportos para pessoas com deficiência.

Além das modalidades de médio risco, que “não permitem o distanciamento entre atletas, ainda que não impliquem contacto face a face”, o Governo prevê expandir a atividade física ao ar livre até grupos de seis pessoas e manter os ginásios sem aulas de grupo.

Esses dois cenários deverão ficar livres de restrições duas semanas depois, quando ressurgirão as modalidades de alto risco de contágio, por “implicarem contacto face a face”. Entre as quais boxe, jiu jitsu, judo, kickboxing e muaythai, lutas amadoras e râguebi.

A variante de pares de patinagem artística consumará o regresso pleno dos desportos de inverno, tal como a vertente acrobática na ginástica, o kumite no karaté e no kempo, o kiorugy no taekwondo, as disciplinas standard, latino-americana e de pares na dança desportiva ou o san da e wushu kung fu na esfera das artes marciais chinesas.