Vaticano quer ajudar o Líbano e não esquece Hong Kong
25-06-2021 - 11:02
 • Aura Miguel

Cimeira convocada pelo Papa para debater a situação do Líbano com os principais líderes cristãos do país está marcada para dia 1 de julho.

Os principais responsáveis das comunidades cristãs do Líbano reúnem-se a convite do Papa, a 1 de julho, para implorar a paz e a concórdia para aquele país do Médio Oriente. O programa do encontro “Juntos pelo Líbano”, hoje divulgado em conferência de imprensa, inclui sessões de trabalho e diversos momentos de oração.

O encontro tem início na Casa de Santa Marta, residência do Papa Francisco, às 8h30 (menos uma em Lisboa), prosseguindo em procissão até à Basílica de São Pedro com os responsáveis das comunidades cristãs libanesas e os membros das várias delegações.

Aos líderes das comunidades católicas - como os Patriarcas maronita cardeal Bechara Boutros Raï, o siro-católico Ignace Youssef III Younan, o melquita Youssef Absi, o bispo caldeo S.E. Michel Kassarj e o vigário apostólico latino, monsenhor Cesar Essayan - também se juntam diversos representantes das igrejas cristãs não católicas.

As conversações vão decorrer à porta fechada, no Palácio Apostólico do Vaticano, em três sessões, encerrando-se com uma oração ecuménica pela paz.

“O Papa sabe que o complexo mosaico religioso e social libanês por vezes leva a conflitos, mas pode tornar-se uma valiosa base de diálogo, a partir da vida quotidiana nas diversas comunidades”, afirmou o cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas orientais.

Já o secretário para as relações com os Estados, monsenhor Paul Gallagher, disse esta sexta-feira aos jornalistas que a Santa Sé “quer ajudar ao diálogo entre todos, a reconciliar o Líbano e ajudar os libaneses a reconstruir o país, mas a Comunidade internacional não se pode demitir do seu papel”.

O chefe da diplomacia do Vaticano adiantou ainda que, se a evolução for positiva, o Papa poderá visitar o “país dos Cedros” no início do próximo ano.

Questionado sobre a situação em Hong Kong, Gallagher mostrou-se preocupado.

“Em relação à situação no Líbano, podemos dar um contributo, em relação a Hong-Kong já não é assim. Para o Líbano, temos uma oportunidade, para Hong-Kong… não estamos tão convencidos”, afirmou.