Milhares de trabalhadores do Reino Unido iniciam, esta segunda-feira, na maior experiência do mundo ao testarem uma semana laboral com quatro dias. Mais de 3.300 funcionários de 70 empresas participam neste projeto piloto, designado “4 Day Week Global”, que vai durar seis meses, avança o jornal The Gardian.
A semana de trabalho passa a ser de quatro dias, com dia extra de folga, mas sem haver redução no salário.
O objetivo do programa é ajudar as empresas na transição para uma semana de quatro dias sem sacrificar lucros.
Segundo o jornal, a experiência assenta no modelo 100% do salário em 80% do tempo, em troca de um compromisso de manter 100% de produtividade.
A ideia passa por proporcionar maior autonomia e horários de trabalho mais flexíveis no mercado de trabalho e parte da experiência de teletrabalho nos últimos anos de pandemia, uma experiência que mostrou resultados positivos.
De acordo com Alex Soojung-Kim Pang, diretor de projetos da "4 Day Week Global", o grupo que apoia os testes, o período de seis meses no Reino Unido permitirá às empresas terem mais tempo para experimentar e recolher dados.
“A adaptação deve ser mais fácil para as pequenas e médias empresas, que podem implementar grandes mudanças mais rapidamente”, disse em declarações recentes.
Experiências semelhantes já foram feitas em Espanha, na Islândia, Estados Unidos e Canadá. Austrália e Nova Zelândia também devem entrar na experiência a partir de agosto.
Em Portugal, o Governo também se mostra disponível para avançar com a experiência. Na quinta-feira, no final do Conselho de Ministros, a ministra Ana Mendes Godinho avançou que o executivo vai estudar com os parceiros sociais vários projetos piloto. A governante adiantou também que a semana de quatro dias de trabalho vai ser testada em empresas privadas e que há já várias empresas disponíveis a testar o modelo.