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A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, defende uma punição exemplar para proprietários de Odemira que não cumpram a lei laboral.
De visita a Odemira, onde há vários anos surgem denuncias de exploração de trabalhadores e tráfico de seres humanos, Maria do Céu Antunes considera que os restantes proprietários têm o dever de alertar para situações irregulares.
“Tem que haver uma corresponsabilização. Primeiro, as empresas empregadoras, que geram riqueza e que querem fixar pessoas neste território têm que ser corresponsabilizadas”, declarou a governante.
“Quem não estiver a cumprir tem que ser punido de forma exemplar e quem estiver a cumprir, também de forma exemplar, tem não ser negligente. Antes pelo contrário, tem que denunciar outras práticas”, sublinhou.
A ministra da Agricultura garante que o Governo está a atuar perante as denúncias de exploração laboral no Sudoeste alentejano.
Maria do Céu Antunes falava aos jornalistas no final de uma reunião da “task force” que está a coordenar as ações no concelho de Odemira para travar a pandemia de Covid-19.
Por seu lado, o ministro da Administração Interna disse que a prioridade da cerca sanitária em Odemira, no distrito de Beja, é a saúde pública, devido à covid-19, mas o Governo está atento a problemas ligados aos trabalhadores agrícolas.
Neste momento, a prioridade absoluta é a saúde pública e a resposta à pandemia", disse Eduardo Cabrita em Odemira, argumentando que os problemas de habitação e do modelo económico da região "não serão, de certeza, resolvidos em uma ou duas semanas".
O presidente da Câmara de Odemira, José Guerreiro, disse haver condições para levantar a cerca sanitária nas duas freguesias com restrições desde 29 de abril.
O ministro da Administração Interna remete decisões para o Conselho de Ministros de quinta-feira, mas vai avisando que as medidas têm um tempo de aplicação num horizonte de 14 dias.