Ações do Benfica caem 5,5% no dia da detenção de Vieira
07-07-2021 - 19:45
 • Renascença com Lusa

Ações da Benfica SAD ficaram a valer 2,91 euros. Presidente encarnado foi constituído arguido em processo que envolve negócios e financiamentos acima de 100 milhões de euros.

As ações da Benfica SAD fecharam a cair 5,52%, esta quarta-feira, dia em que o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, foi detido numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros.

Na sessão desta quarta-feira, os títulos ficaram a valer 2,91 euros cada, tendo sido negociadas 1.324 ações da SAD, num total de 3.893 euros.

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi detido, esta quarta-feira, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros com prejuízos para o Estado, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) indica que foram detidos um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol e realizados cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária, em Lisboa, Torres Vedras e Braga.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o Benfica confirma que Vieira foi detido e constituído arguido no processo.

De acordo com o semanário "SOL", os restantes detidos são o filho do presidente do Benfica, Tiago Vieira, e os empresários José António dos Santos, acionista da SAD encarnada e conhecido como "Rei dos Frangos", e Bruno Macedo.

No comunicado do DCIAP, é indicado que os detidos são suspeitos de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.

Em causa, adianta, estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de serem “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.

Está previsto que os quatro detidos sejam presentes, na quinta-feira, a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas coação, “com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas”.