Médicos no Algarve sem férias “deve fazer-nos pensar sobre o nosso civismo”
01-07-2021 - 10:20
 • Marta Grosso

Marcelo pediu explicações à DGS sobre o isolamento do primeiro-ministro, apesar de vacinado, para “evitar desconfianças” sobre a vacina contra a Covid-19.

Na opinião de Graça Franco, não parece lógico que uma pessoa com a vacinação completa, com direito ao certificado digital – ou seja, a poder viajar para qualquer país sem quarentena – cumpra agora um isolamento profilático.

Por isso, “faz todo o sentido pedir explicações adicionais e podem passar por coisas tão simples como: sim, o primeiro-ministro está vacinado com as duas doses; sim, mantém normalmente o distanciamento social; sim, ele usa máscara, mas tomou um cafezinho com os colaboradores infetados”.

Assim, “aquilo que era um contacto de baixo risco passa a ser um contacto de alto risco” e há que não esquecer que, mesmo vacinado, “pode ser um veículo de transmissão da doença e colocar em risco aqueles que não estão vacinados à sua volta”.

Lembrando que nenhuma vacina é 100% eficaz contra a Covid-19, a comentadora d’As Três da Manhã aponta aentrevista do secretário de Estado da Coordenação Regional à Renascença para falar da situação no Algarve e da importância do comportamento das pessoas em tempo de pandemia.

“Não podemos pôr em risco o direito ao descanso e às férias dos profissionais de saúde que estão a trabalhar no Algarve. Eles já estão há dois anos sem férias, está-se a lutar pelos 25 dias de direito às férias de todos os trabalhadores. Fazer com que todo aquele grupo de trabalhadores exaustos não possa mais uma vez gozar férias deve fazer-nos pensar sobre o nosso civismo”, defende.