Explosão em Beirute: Governantes acusados do crime de negligência
10-12-2020 - 13:04
 • Renascença, com agências

Duzentas pessoas morreram e a capital do Líbano ficou devastada em resultado do violento rebentamento no porto da cidade.

O primeiro-ministro interino do Líbano e três ministros foram formalmente acusados do crime de negligência no caso da explosão em Beirute, que matou cerca de 200 pessoas e devastou a cidade em agosto deste ano.

Além do chefe do Governo, Hassan Diab, os outros acusados são o ex-ministro das Finanças Ali Hassan Khalil e os antigos ministros das Obras Públicas Ghazi Zeaiter e Youssef Finianos, avançam fontes judiciais à agência Reuters.

Duas fortes explosões, a 4 de agosto, abalaram o porto de Beirute, capital do Líbano. Cerca de 200 pessoas morreram, mais de 6,5 mil ficaram feridas e cerca de 300 mil ficaram sem casa.

Explodiram 2.750 toneladas de nitrato de amónio, o equivalente a um sismo de 3.3 na escala de Richter, o que criou uma cratera com 43 metros de profundidade.

O fertilizante estava armazenado há cerca de sete anos, sem especiais medidas de proteção.

O primeiro-ministro Hassan Diab demitiu-se. Já o Presidente Aoun mantém-se no cargo, apesar dos protestos da população que exige explicações sobre o incidente. A reconstrução da “Paris do Médio Oriente” vai demorar anos.