António Saraiva, presidente da CIP, sublinhou que o acordo agora formalizado representa um "aproximar de posições" entre as partes, mas alertou que, a partir desse documento, é preciso "chegar mais longe". Já o secretário-geral da UGT destacou o "acentuado esforço" dos parceiros nas negociações para não serem criados entraves ao resultado final do acordo, que considerou ser o possível.
O acordo foi assinado e apresentado hoje à tarde, no Palácio Foz, em Lisboa, onde o primeiro-ministro aproveitou para salientar que este não é apenas um acordo de rendimentos ou de salários, mas que inclui "um conjunto vasto de objetivos".
Ana Mendes Godinho, que chefia o ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, sublinha ter tido uma "reunião produtiva" com os parceiros sociais, "que resulta de um processo intenso, longo e profundo" desde maio.
Esta medida consta da nova proposta para um acordo sobre rendimentos e competitividade que o Governo apresentou hoje aos parceiros sociais, a qual incidiria, essencialmente, sobre as micro, pequenas e médias empresas.
No Parlamento, Francisco Assis frisou que, com a subida de preços, já há portugueses com grandes dificuldades económicas e é preciso dar-lhes resposta.
A última audiência aos parceiros sociais foi há três meses. Na informação disponibilizada pela Presidência não é indicado nenhum tema para a agenda destas reuniões.