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​Centenário de Saramago arranca com coro de crianças a ler “A Maior Flor do Mundo”

08 jun, 2021 - 17:16 • Maria João Costa

Foi conhecido o programa das comemorações do centenário do Nobel da Literatura. A partir de novembro e ao longo de um ano, há exposições, reedição de livros, conferências nacionais e internacionais, uma ópera, teatro e leitura nas escolas portuguesas.

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“Ser velho é só ter mais anos, ter vivido mais, ter mais coisas para dizer porque se tem mais coisas para recordar”. A frase é de José Saramago, o autor cujo centenário se comemora em 2022, e cujas celebrações terão início já este ano, a 16 de novembro. O programa foi hoje divulgado pela Fundação José Saramago e prevê conferências, exposições, a reedição de livros, ciclos de cinema, ópera, dança e teatro. A abertura será com leituras

A 16 de novembro deste ano, os alunos de 100 escolas do Ensino Básico nacional vão ler ao mesmo tempo e à mesma hora, “A Maior Flor do Mundo” – o livro que Saramago escreveu para crianças.

Será desta forma que será dado o ponta pé de saída nas comemorações do centenário do Nobel que terminarão, um ano depois, com alunos do Secundário lerem em simultâneo, páginas duas obras emblemáticas - “Memorial do Convento” e “O Ano da Morte de Ricardo Reis”.

Pelo meio, a programação do centenário inclui iniciativas distribuídas por vários domínios e organizadas por várias entidades. Em entrevista à Renascença, Carlos Reis, o comissário das celebrações, esclarece que “a Fundação José Saramago não é proprietária das comemorações”, apenas “organiza, congrega esforços e energias, mas chama outras entidades”.

Exemplo disso será a conferência que a Fundação Calouste Gulbenkian irá organizar. Trata-se de “um grande colóquio internacional que provavelmente será em junho do próximo ano”, explica Carlos Reis, que dá também outros exemplos de conferências que serão organizadas por universidades “no Brasil, Espanha, Itália e nos Estados Unidos”.

Há também um conjunto de cinco conferências a que deram o nome de “Conferências do Nobel” que terão lugar a partir de janeiro de 2022 e a organização do escritor argentino Arberto Manguel.

“Ele vai chamar, ainda não posso dizer nomes porque os convites ainda estão a ser feitos, grandes figuras de dimensão internacional, do Reino Unido, da Nigéria, do Uruguai, do Brasil, para pensarem não apenas a obra de Saramago, mas também o seu pensamento”, detalha Carlos Reis.

O centenário do autor de “Ensaio sobre a Lucidez” será também assinalado com um conjunto de exposições. Uma delas terá um caráter biográfico e terá lugar na Biblioteca Nacional que vai incluir materiais do espólio.

Também na Torre do Tombo, será organizada uma mostra documental sobre a vida e obra do Nobel a partir de documentos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Outra das exposições será organizada pelo Teatro Nacional de São Carlos, em torno da relação de José Saramago com a música. O autor escreveu ópera e o São Carlos irá também no âmbito do centenário, repor a ópera Blimunda, de Azio Corghi e José Saramago, em outubro de 2022.

A programação prevê ainda dança e teatro. A Companhia de Dança Contemporânea de Évora irá dançar o “Ensaio sobre a Cegueira”, já o Teatro Nacional de São João apresentará o “Ensaio sobre a Cegueira” numa coprodução com o Teatre Nacional de Catalunya e o Teatro Nacional D. Maria II que vai estrear a 10 de junho de 2022. Também o Teatro das Beiras, o Teatro do Noroeste e o Trigo Limpo Teatro ACERT têm previstas representações da obra de Saramago.

A Cinemateca portuguesa também se associa ao centenário, diz Carlos Reis, com “um ciclo de cinema a partir das obras de José Saramago”. Para as celebrações estão ainda previstas diversas edições, nomeadamente de uma Fotobiografia de Saramago por Ricardo Viel e Alejandro García, com imagens inéditas.

O centenário do Nobel terá também uma dimensão internacional, sublinha o comissário. Carlos Reis começa por explicar que Espanha vai ter um papel preponderante. “O Instituto Camões servirá também como caixa de ressonância do centenário no exterior”, aponta Reis que junta a isto, também o empenho da Biblioteca Nacional de Espanha, do Instituto Cervantes e das autoridades de Lanzarote, do Governo das Canárias.

Também o Brasil será outra geografia destas celebrações. “Estamos a estabelecer protocolos com o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo, a Biblioteca Municipal Mário de Andrade que são duas grandes instituições. Muitas universidades brasileiras vão fazer colóquios e exposições. Haverá conferências em que existem cátedras Saramago, na Bulgária, em Itália, em Espanha. Isto corresponde à ideia que temos de que estamos a falar de um escritor universal”, conclui Carlos Reis.

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  • António dos Santos
    09 jun, 2021 Coimbra 13:52
    Portugal não tem um pingo de dignidade. Saramago passou a visa a dizer mal de Portugal e defendia a anexação a Espanha. Agora, após a morte dele, o governo deixa fundar uma Fundação e dispensa a Casa dos Bicos. É UMA VERGONHA E AS CINZAS DELE DEVERIAM FICAR EM LANZAROTE. O prémio Nobel, não justifica tudo!! Já não falando, que ele não sabia escrever português, era um total ignorante

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