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D. Rui Valério: "Estamos tão voltados para os nossos problemas que nos esquecemos de quem está ao lado"

01 jan, 2025 - 10:25 • Eduardo Soares da Silva , Liliana Monteiro

Patriarca de Lisboa pede que 2025 traga um maior olhar para "o outro". "Vivemos num tempo onde tantas vezes nos falta o rumo, uma estrela polar que nos indique o caminho a tomar", disse.

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D. Rui Valério: "Estamos tão voltados para os nossos problemas que nos esquecemos de quem está ao lado"

O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, lembrou que as pessoas estão "tão ocupadas e voltadas para os seus problemas que nos esquecemos quem está ao nosso lado e os vive de forma mais dramática".

Na homilia da Missa na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz na Igreja Paroquial da Póvoa de Santo Adrião, D. Rui Valério focou o seu discurso no outro e em três gestos que são "sinais de esperança e construtores de paz, faróis para renovar a esperança na humanidade".

Primeiro, o patriarcia destaca o acolhimento: "Maria acolheu e albergou duas dimensões tão diferentes: o céu e a terra".

"Maria é mãe de Deus porque nela o verbo eterno do pai se fez homem, se fez um de nós. Ela é mãe de toda a paz. Haverá paz quando entre as nações, entre os homens e as mulheres, cada um sentir-se parte da construção da vida do outro e se disponibilizar para hospedar o outro na sua vida", afirmou.

D. Rui Valério vê um exemplo a seguir nos pastores, que foram "imediatamente ao encontro do menino de Belém".

"Essa prontidão em ir rumo ao outro, como Nossa Senhora correu apressadamente rumo às montanhas. Esta capacidade de deixar a zona de conforto e as nossas seguranças, tantas vezes efémeras e enganadoras, para compreendermos o caminho rumo ao outro", explica.

O patriarca destaca que os que mais necessitam "não são só os que estão à beira da estrada, os pobres e os sem abrigo": "Vivemos num tempo onde tantas vezes nos falta o rumo, uma estrela polar que nos indique o caminho a tomar. Deixemo-nos contagiar por este exemplo", desafia.

Por último, D. Rui Valério destaca o ato de "ver o outro, ver olhos nos olhos".

"Tantas vezes no horizonte não estáo o outro hoje em dia. Andamos obcecados com as redes sociais, voltados para os nossos problemas que nos esquecemos que quem está ao nosso lado vive mais dramaticamente do que nós os problemas e desafios", diz.

Terminou a homilia com um desafio: "Procura assumir esta atitude. Os pastores viram o menino e começaram a transmitir o que traziam no coração. A transmissão do testemunho é a dádiva de algo que nos pertence".

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