22 jul, 2024 - 06:30 • Ana Catarina André
O cardeal D. José Tolentino Mendonça defende, perante a desistência de Joe Biden da corrida à presidência dos Estados Unidos, a persistência de guerras no Médio Oriente, na Ucrânia e noutros pontos do globo, que é “neste tempo”, que parece ser de desanimo e de incerteza, que “somos chamados a reforçar o compromisso com o mundo, com a construção da paz, da solidariedade”.
“Há uma autora italiana de que gosto muito que diz que é num tempo em que a nossa alma parece que soçobra que somos chamados a olhar os lírios do campo”, diz o cardeal e poeta, acrescentando que é preciso “dar um sentido muito fraterno, um sentido eticamente qualificado à nossa presença”.
“Hoje, o mundo precisa de mulheres e homens de esperança”, sublinha o prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, em declarações à Renascença no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, onde este domingo participou nas ordenações episcopais de D. Alexandre Palma e D. Nuno Isidro Cordeiro, novos bispos auxiliares do Patriarcado de Lisboa.
A esse propósito, o cardeal e poeta afirma que as ordenações de dois novos bispos em Lisboa “constituem razões para acreditar”.
“Seguramente são forças e recursos novos para a atuação pastoral da Igreja, para o diálogo que ela tem de manter com o mundo, na diversidade das suas realidades, e para o acompanhamento, seja do clero - um acompanhamento muito próximo, seja a presença no povo de Deus, o diálogo com a cultura, a Fundação JMJ, a Universidade Católica, mas também toda a realidade da Igreja na variedade das suas expressões.”