18 mai, 2024 - 10:50 • Aura Miguel
A justiça e a Paz juntou na arena de Verona um conjunto de testemunhos, muitos deles dolorosos, provenientes de vários pontos do mundo. A paz deve ser promovida, preparada, cuidada, vivenciada e organizada, foi o pretexto para levantar questões e manifestar apreensão pelo que se passa no mundo sobre migrações, trabalho e economia, ambiente, desarmamento e política com testemunhos provenientes do Afeganistão, do Uganda, do Brasil e também da Israel e da Palestina.
Também o filósofo Edgar Morin, hoje com 103 anos, enviou uma mensagem onde afirmou que “precisamos de uma consciência forte e de trabalhar juntos pela paz”.
O Papa afirmou que ninguém existe sem os outros, ninguém pode fazer tudo sozinho. “A cultura fortemente marcada pelo individualismo corre o risco de fazer desaparecer a dimensão da comunidade, dos vínculos vitais que nos sustentam e nos levam adiante. Isso também tem consequências inevitáveis sobre o modo como a autoridade é entendida”, disse. “Portanto, a autoridade de que precisamos é aquela que, em primeiro lugar, é capaz de reconhecer seus próprios pontos fortes e limitações e, em seguida, entender a quem recorrer para obter ajuda e colaboração”.
Em diálogo sobre diversas questões, Francisco criticou o trabalho infantil e sobre as guerras e conflitos, sublinhou a importância do diálogo, “sempre através do respeito pela identidade da outra pessoa” e lembrou que “a paz tem de ser cuidada diariamente”
Impressionante foram os testemunhos de Maoz Inon, de Israel, cujos pais foram mortos em 7 de outubro e Aziz Sarah, palestiniano, que perdeu o irmão nesta guerra. “Somos empresários e acreditamos que a paz seja a meta mais importante que devemos realizar”, afirmaram. “Não pode haver paz sem uma economia de paz. Uma economia que não mate. Uma economia de justiça”.
O Papa, dirigindo-se a todos os participantes no encontro afirmou: “Não sejam espectadores de uma guerra inevitável, não! Sejam todos construtores incansáveis de paz!".